Maio/18: ICV-P apresenta queda de 14,4% em maio

Após a primeira alta do ano em abril, o ICV-P (Índice de Confiança no Varejo de Piracicaba) registrou nova queda no último mês.

O levantamento mensal, realizado pelo Ejea/Esalq-USP (Empresa Júnior de Economia e Administração), em parceria com a Acipi, fechou maio com o índice mais baixo do ano, de 14,43%, passando de 122,58 para 104,89 pontos, em comparação à análise anterior.

Índice de Confiança

Conforme o estudo, a queda pode ser explicada por diversos fatores, especialmente pela greve dos caminhoneiros, que teve impacto negativo nas vendas de todos os setores pesquisados. Ainda de acordo com a análise, o ICA (Índice de Confiança Atual), que mede a confiança dos varejistas em relação à economia e às vendas no mês, também teve queda neste período da análise, de 11,37%.

Há percepção negativa em relação à perspectiva futura da economia, podendo ser observada pelo Índice Futuro (ICF), que teve uma queda de 14,84%, na análise.

A queda teve reflexo em todos os segmentos da economia pesquisados. No setor de Habitação houve uma redução de 2,88% do índice que mede a percepção em relação às vendas atuais.

De acordo com o levantamento, uma possível explicação é o fato de que a Caixa Econômica Federal não está mais liberando crédito para aqueles que desejam construir e, portanto, há uma consequente queda na procura de materiais de construção.

Setores

Assim também as áreas de Alimentação, Higiene e Cuidados Pessoais e Vestuário, foram afetados. Respectivamente, houve uma queda significativa nas vendas atuais de 16,31%, 15,79% e 9,12%, no mesmo período analisado.

Para o presidente da Acipi, Paulo Roberto Checoli, a queda era esperada devido às paralisações que ocorreram no país.

“Os protestos realizados refletiram de forma direta em praticamente todos os segmentos de mercado. A própria população, assim como os empresários, sentiu as dificuldades dos dias parados, consequentemente houve efeitos na economia. Ainda é um momento de ponderação e busca de equilíbrio. Assim como atuamos junto à Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) no sentido de dialogar com as empresas durante as paralisações, continuamos atuando e prol de nossos associados e batalhando para uma retomada nos resultados e na confiança nos próximos meses”, apontou.

Para a coordenadora do ICV-P, na Esalq/USP, Milena La Rubia, “além da greve dos caminhoneiros, que afetou diretamente nas vendas gerais do mês, as atuais incertezas políticas e econômicas, contribuíram para a que a maioria dos comerciantes piracicabanos ficasse descrente quanto à melhora do cenário futuro.”

ICV-P

O ICV-P é calculado desde 2014, com base em entrevistas realizadas mensalmente com 200 comerciantes e contempla três tipos de indicadores: o índice atual (ICA), que mede a expectativa atual dos comerciantes; o futuro (ICF), que mede a expectativa futura, e o geral (ICV-G), que leva em conta as vendas atuais e a perspectiva futura do comerciante piracicabano em relação à economia. O levantamento é utilizado como referência para os tomadores de decisão de Piracicaba e região, conforme o Ejea.

Outras informações sobre o ICV-P podem ser obtidas com a equipe do Ejea/Esalq-USP e pelo e-mail icv.piracicaba@gmail.com

Foto: Freepik