Para marcar as comemorações alusivas ao Outubro Rosa, 116 mulheres compareceram ao 95º Encontro da Mulher Empresária, realizado pelo Conselho da Mulher Empresária da Acipi, na manhã de hoje (3/10).
Com o tema Bom dia, Outubro Rosa! Laços de Família, o evento ocorreu na sede da entidade e contou com a participação, na Sala de Visitas, do médico Sergio Bruno Barbosa e três pacientes em tratamento contra o câncer de mama.
Encontro Mulher Empresária
No Momento Cultural, atividade que faz a abertura do evento, o grupo Amigas da Onça, do Cecan (Centro de Câncer da Santa Casa de Piracicaba), apresentou duas coreografias de dança, embaladas pelas paródias das canções “Dona Maria”, de Thiago Brava e Jorge, e “Happy”, de Pharrell Williams.
Com o slogan “O câncer nos une e a amizade nos fortalece”, as integrantes, que estão em tratamento contra a doença, transmitem, por meio da música, a mensagem de que a cura é possível e do quanto as tomadas de precauções são fundamentais.
Outubro Rosa
“O Outubro Rosa vem com essa forte chamada para as mulheres se conscientizarem e fazerem exames. É importante lembrar disso, não só neste mês, mas em todo o ano. Quanto mais precoce a doença for detectada, maiores as chances de recuperação”, alertou a psicóloga fundadora do grupo, Pedrilha de Goes Baggi.
O médico Sergio Bruno Barbosa, cooperado da Unimed Piracicaba desde 1997, comentou sobre as formas de prevenção da doença. “O Outubro Rosa nos dá a oportunidade de chamar a atenção para esta patologia que é o câncer de mama. A mamografia, que deve ser feita a partir dos 40 ou 35 anos, se tiver caso de câncer na família, é a principal aliada para o diagnóstico precoce da doença, pois é o instrumento que consegue detectá-la na sua forma inicial. Exames periódicos, ultrassom, ressonância e auto palpação também são muito importantes. A mulher precisa ter a consciência corporal. O nosso corpo é nossa casa”, disse.
O profissional também abordou sobre as reações das mulheres após o diagnóstico. “É um momento que aflora, na paciente, inúmeros sentimentos. As fases são susto, negação, raiva, medo, até chegar na aceitação. O principal ponto é o enfrentamento e luta ao lado da família e amigos. Com a certeza de que a paciente não está sozinha, a possibilidade de vitória é muito maior.”
Lutas e vitórias
Participante da Sala de Visitas, Aline Precoma Tietz, 35, encarou a doença com serenidade e se apegou à fé. “Descobri, ao mesmo tempo, que estava com nível três de câncer na mama e que estava na minha terceira gravidez. Eu não fazia exame preventivo, por isso, o nódulo já tinha oito centímetros. A família, amigos e compromissos na igreja me ajudaram a superar. Nunca me entreguei, porque Deus sempre tem um propósito maior. O diagnóstico final é dele”, ressaltou.
Carolina Marchini Silveira, 30, tem histórico familiar da doença. Ela foi diagnosticada com a mutação genética BRCA2 e passará, em novembro, por cirurgia preventiva. “Tenho 85% de chances de ter a doença até os 70 anos de idade e 56% para câncer de ovário. É difícil conviver com essa notícia, senti muito medo”, afirmou a fisioterapeuta.
Mesmo sem casos na família, Érica Simone Redó, 40, descobriu o câncer em junho deste ano e passa, atualmente, por quimioterapia. “Foi um choque muito grande, pensei na minha família. Meu marido e filho Vinicius me tranquilizaram. Estamos caminhando, com a fé de que vamos conseguir”, contou. Segundo o médico Barbosa, 10% dos casos são de origem hereditária, sendo que o restante deles pode ser ocasionado por riscos multifatoriais.